terça-feira, 28 de abril de 2009

A concepção de educadores sobre violência doméstica e desempenho escolar

AUTORES:
Paulo Celso Pereira; Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams
Universidade Federal de São Carlos

RESUMO
Como parte de um estudo que caracterizou o desempenho escolar da criança vítima de violência doméstica, as respectivas professoras e as diretoras das escolas onde estudavam crianças vitimizadas foram convidadas a participar da pesquisa. O objetivo de tal participação foi identificar as concepções das educadoras sobre violência doméstica e desempenho escolar da criança vitimizada. Participaram do estudo 18 professoras e 10 diretoras que responderam, na escola, a uma entrevista semi-estruturada, versando sobre questões pertinentes ao objetivo do trabalho. Os dados obtidos revelaram que as educadoras possuem noções sobre violência doméstica e como devem proceder com as vítimas. O número de casos de crianças vitimizadas identificados na escola foi expressivo. Tal identificação deve-se tanto à observação das educadoras, como ao relato espontâneo do aluno (vítima). Mesmo com suas limitações, a escola se apresenta como um espaço de segurança para a criança vitimizada, podendo ser considerada um local de proteção para essas.
Palavras-chave: Desempenho escolar, Abuso infantil, Escola.

sábado, 25 de abril de 2009

Criatividade escolar: relação entre tempo de experiência docente e tipo de escola

AUTORES:
Júlia Soares Rosa de Castro I, Denise de Souza Fleith II
I Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal II Universidade de Brasília

RESUMO
Este estudo investigou a criatividade e barreiras pessoais à sua expressão entre professores com mais e menos experiência docente da 4ª série do Ensino Fundamental de escolas públicas e particulares. Examinou-se ainda a percepção do clima de sala de aula para a criatividade entre alunos destes professores. Participaram desta pesquisa 52 professores e 967 alunos. Foram utilizados os Testes Torrance de Pensamento Criativo, o Inventário para Identificação de Barreiras à Criatividade Pessoal e a Escala Sobre Clima para a Criatividade em Sala de Aula. Os resultados indicaram diferenças significativas entre os professores com mais e menos tempo de docência em apenas uma medida de criatividade. Os professores de escolas particulares apresentaram um desempenho superior aos das escolas públicas quanto à criatividade. Quanto às barreiras à criatividade pessoal, não foi identificada diferença significativa entre os professores nos diversos fatores examinados. Os alunos dos professores mais experientes e os de escolas particulares avaliaram mais positivamente o clima de sala de aula para a criatividade.
Palavras-chave: Criatividade, Professores, Escola.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Práticas escolares e desempenho acadêmico de alunos com TDAH

Autores:
Maria das Graças Faustino Reis I, Dulce Maria Pompêo de Camargo II,
I PUC-Campinas II UNICAMP

RESUMO
Este artigo reporta resultados de trabalho de pesquisa que tem como objeto o estudo crítico e aprofundado sobre o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade) nos cursos de formação de professores no Ensino Superior, sob as suas variadas dimensões - social, cultural, pedagógica, biológica. A investigação focalizou cinco adultos com diagnóstico de TDAH. A metodologia utilizada foi o Estudo de Caso, desenvolvido a partir da História Oral como fonte de coleta de dados. Os resultados obtidos sugerem que o estudo proposto na pesquisa pode contribuir significativamente para o professor conhecer os determinantes do desempenho escolar de alunos com o transtorno, bem como orientá-lo na busca de parceria com outros profissionais - médicos e psicólogos, por exemplo - quando esta se fizer necessária.
Palavras-chave: Ensino superior, Formação de professores, TDAH.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Crenças de eficácia de professores e motivação de adolescentes para aprender Física

Autores:
Alcides Goya I; José Aloyseo Bzuneck II; Sueli Édi Rufini Guimarães II,
I Universidade Tecnológica Federal do Paraná II Universidade Estadual de Londrina
RESUMO
Este trabalho teve por objetivo medir as crenças de eficácia de professores de física do ensino médio bem como a motivação dos seus alunos para aprender física. Para os 20 professores que formaram a amostra foi utilizado um questionário com 20 itens, em escala Likert, que avaliaram dois aspectos distintos das crenças: senso de eficácia pessoal e senso de eficácia do ensino. A 200 alunos das três séries do ensino médio foram aplicados questionários também com 20 itens, em escala Likert, que avaliaram sua motivação para aprender física e estratégias pessoais de estudo dessa disciplina. As escolas eram de três regiões geográficas distintas. Entre os professores, os escores médios nas crenças de eficácia pessoal foram significativamente mais altos do que os das crenças de eficácia do ensino. Além disso, as crenças de eficácia pessoal de professores relacionam-se positivamente com motivação dos alunos. Entre os alunos, variaram significativamente seus escores médios em função da turma a que pertencem, dentro de uma mesma série. Também foi significativa a relação positiva entre a motivação dos alunos e o uso de estratégias pessoais de estudo. Não houve diferenças significativas nesses escores nem em função das séries nem em função da localização geográfica da escola. Dos resultados foram extraídas indicações de estratégias motivacionais no ensino de física bem como sugestões de novas pesquisas que ampliem os conhecimentos na área.
Palavras-chave: Crenças de eficácia de professores, Motivação, Física.

domingo, 5 de abril de 2009

Autoconceito de crianças com dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento

Autores:
Indira Siqueira StevanatoI; Sonia Regina LoureiroII; Maria Beatriz Martins LinharesII; Edna Maria MarturanoII
IGraduanda da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto-SP.IIDocente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto – SP
RESUMO
Objetiva-se avaliar o autoconceito de crianças com dificuldade de aprendizagem e comportamento comparativamente a crianças sem dificuldade de aprendizagem. Foram avaliadas 58 crianças na fase escolar: 32 com dificuldade de aprendizagem (das quais 23 com problemas de comportamento) e 26 crianças sem dificuldade de aprendizagem. Procedeu-se à avaliação através da Escala Piers Harris de Autoconceito e da Escala Comportamental Infantil — A2 de Rutter. As crianças com dificuldade de aprendizagem apresentaram autoconceito significativamente mais negativo do que as crianças sem dificuldade de aprendizagem nos escores global e específico. Não foi detectada diferença entre as crianças com dificuldade de aprendizagem diferenciadas quanto à presença de problemas de comportamento.
Palavras-chave: autoconceito, dificuldade de aprendizagem, problemas de comportamento.

Valorizações afetivas nas representações de contos de fadas: um olhar piagetiano

Autora:
Maria Thereza Costa Coelho de Souza
Instituto de Psicologia da USP
RESUMO
O construtivismo de Piaget e sua teoria da inteligência dispensam apresentações. Menos conhecidas são suas concepções sobre o papel das valorizações afetivas na construção do conhecimento e no desenvolvimento da criança. As escolhas de objetos e aspectos da realidade, para interagir, bem como as modalidades de julgamento moral, também sofrem a influência das valorizações afetivas. Assim, a seleção de qualidades admiráveis (materiais ou abstratas) nos outros e em si mesmo, necessariamente se relaciona ao desenvolvimento da afetividade. Este trabalho pretende discutir o papel dos sentimentos nas representações de dois contos de fadas, efetuadas por crianças de diferentes faixas etárias. Para isso, serão apresentados extratos de protocolos de pesquisa da autora referentes a dois contos de fadas dos Irmãos Grimm, com destaque para os aspectos relacionados às qualidades admiráveis e não-admiráveis dos personagens escolhidas pelas crianças como mais interessantes.
Palavras-chave: Valorizações afetivas, Piaget, Contos de fadas.

OS CONTOS DE FADAS E SUAS IMPLICAÇÕES NA INFÂNCIA

Autora:
Regina Ribeiro Mattar
Universidade Estadual Paulista
RESUMO:
Os contos de fadas, em sua tradição oral, surgiram há milhares de anos, como obras de uma sociedade pré-literata. Sua valorização deu-se há alguns séculos atrás, quando passaram a ser narrados às crianças. Suas mais recentes contribuições estão diretamente ligadas aos estudos de Jung e, mais recentemente, de Bettelheim, que se dedicou ao estudo dos conteúdos implícitos nos contos de fadas e sua importância na vida da criança, também objeto deste trabalho. Constituindo a principal base desta pesquisa, de abordagem referencial teórico, busca-se explicar a fonte comum entre todos os contos e o porquê de suas narrativas serem tão cativantes e entendidas por diversas gerações em diferentes contextos. Como proposta para a Educação, visa um novo olhar sobre a infância, considerando-se a criança como um todo: seu lado afetivo e cognitivo em igual medida, oferecendo-se um estudo introdutório da psique do ser humano, as intervenções do meio e a idéia que criança tem de si e do outro. Dirigindo-se aos principais instrumentalizadores e colaboradores (pais e professores) de uma consciência civilizatória na criança, este trabalho propõe uma busca de si próprio e de um significado à vida.
Palavras – chave: contos de fadas, criança, educação.