segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Psicologia Educacional e o sistema de educação em Cuba

AUTOR:
Guillermo Arias Beatón
Facultad de Psicología, Universidad de La Habana
RESUMO:
Este artigo apresenta a análise do papel da Psicologia Educacional no desenvolvimento e organização do Sistema Nacional de Educação em Cuba. Destacar-se-á a evolução do pensamento filosófico, psicológico e pedagógico, desde o século XVIII até nossos dias, e como se enriqueceu o debate que exige a necessidade de uma aplicação prática dos conteúdos teóricos e das pesquisas empíricas para o aperfeiçoamento da Educação de um povo, impulsionados pela concepção de que as pessoas podem e devem apropriar-se dos conteúdos da educação como condição para promover o desenvolvimento sustentado em um projeto social e cultural revolucionário. A necessidade de realizar estudos e sistematizações críticas dos conceitos teóricos, metodológicos e empíricos de toda a psicologia, para construir um sistema de Educação que garanta a qualidade necessária para que se atinja o objetivo de aprendizagem de todos os escolares com sua diversidade. A importância que possui para uma luta contra o colonialismo cultural, que a psicologia e os psicólogos, em conjunto com as demais ciências afins à Educação, participem do debate científico e técnico, construindo a base para as políticas públicas sobre a educação e como, ao se inserir ainda mais no aperfeiçoamento destas políticas, tornará ainda mais significativo o papel da Psicologia com o compromisso social e cultural do país e sobretudo com o ser humano.
Palavras-chave: Educação, Aprendizagem, Desenvolvimento, Políticas públicas, Psicologia educacional.

sábado, 21 de novembro de 2009

Estudo correlacional entre interesses profissionais e vivências acadêmicas no ensino superior

AUTORES:
Ana Paula Porto Noronha; Denise da Fonseca Martins; Marina Gasparoto do Amaral Gurgel; Rodolfo Augusto Matteo Ambiel
Universidade São Francisco
RESUMO:
O construto interesse profissional é um dos avaliados quando da realização de processos de Orientação Profissional, embora ainda existam lacunas em sua definição e poucas pesquisas sobre o construto com estudantes universitários e sobre sua relação com sucesso acadêmico. O presente estudo teve como objetivo analisar as relações entre interesses profissionais e vivências acadêmicas de estudantes universitários nos primeiros e últimos semestres de dois cursos (Administração e Direito). Participaram 159 estudantes universitários, com idade entre 17 e 51 anos. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Aconselhamento Profissional (EAP) e o Questionário de Vivências Acadêmicas - reduzido (QVA-r). Os resultados apontaram diferença de média significativa entre os cursos, nos dois instrumentos, sendo que apenas o QVA-r se diferenciou com relação aos semestres. Correlações positivas e significativas entre a preferência por atividades burocráticas e das ciências humanas e sociais com as vivências nos âmbitos da carreira e do estudo foram encontradas.
Palavras-chave: Avaliação psicológica, Interesses, Estudantes universitários, Orientação profissional.

Atitudes em relação à matemática em estudantes de Administração

AUTORES:
Verônica Lídia Peñaloza FuentesI; Ronaldo LimaII; Diego de Sousa GuerraI
I Universidade Estadual do Ceará II Universidade de São Paulo
RESUMO:
Esta pesquisa objetivava conhecer a predisposição dos alunos de Administração em relação à Matemática, bem como o enfoque utilizado em seus estudos. Espera-se contribuir com instrumentos de diagnóstico que permitam pesquisar o ambiente de aprendizagem da sala de aula. As técnicas utilizadas foram análise fatorial, estatística descritiva, testes não paramétricos e regressão binária logistic. As escalas de atitude relacionadas à Matemática e ao enfoque de estudo foram validadas, mostrando-se consistentes. Os resultados dos testes sugeriram que diferenças de gênero, idade ou mesmo estar cursando ou não a disciplina de Matemática não explicariam qualquer atitude negativa. Contudo, os testes mostraram-se significativos com relação à variável área de conhecimento preferida antes da faculdade. Os resultados mostraram também uma associação direta entre atitude positiva e enfoque de aprendizado profundo, porém essa relação mostrou-se estatisticamente não significativa. Realizou-se uma pesquisa descritiva, direta, usando dados de corte transversal, método de survey e coleta estruturada de dados.
Palavras-chave: Ensino da matemática, Ambiente da sala de aula, Atitudes do estudante.

A psicologia como abordagem formativa: um estudo sobre formação de professores

AUTORES:
Andréa Maturano Longarezi; Tamarisa de Camargo Alves
RESUMO:
O presente trabalho apresenta dados da pesquisa “A Organização do Ensino e o Desenvolvimento da Autonomia e da Afetividade na Formação e Prática Docente”, desenvolvida num Centro Municipal de Educação Infantil do município de Uberaba/MG. Tal estudo configurou-se numa pesquisa colaborativa e teve como objetivo principal desenvolver um processo de formação continuada de professores. Seguindo como orientação teórico-metodológica a psicologia histórico-cultural, a pesquisa concentrou-se na elaboração, no desenvolvimento e na avaliação coletiva de um projeto pedagógico na escola. Os dados obtidos foram reveladores do movimento formativo dos professores, indicando que a formação é desencadeadora do desenvolvimento profissional docente quando empreendida no espaço de atuação do professor, tomando sua atividade principal como conteúdo. Às problematizações agregaram-se situações de instrumentalização, o que garantiu novas aprendizagens quanto à ação docente, sugerindo movimentos catárticos. Assim, alterações da prática pedagógica foram evidenciadas por algumas atividades docentes realizadas no CEMEI e que anunciaram indícios de mudanças.
Palavras-chave: Formação de professores, Psicologia histórico-cultural, Ensino.

Competências para resolver problemas e para analisar a resolução de problemas: um estudo junto a professores, licenciandos, pedagogos e psicólogos

AUTORES:
Maria Helena FáveroI; Regina da Silva Pina NevesII
I Universidade de Brasília II Faculdade Jesus Maria José - FAJESU
RESUMO:
As avaliações oficiais e as pesquisas apontam dificuldades particulares com a divisão e os números racionais, sugerindo que o ensino valoriza as regras do algoritmo em detrimento do conceito, não ampliando a compreensão dos sistemas numéricos (Fávero, 2001; 2007). Inspirando-nos no estudo de Fávero (1994) sobre a prova de matemática, desenvolvemos dois estudos. No primeiro, apresentamos a 20 professores do ensino fundamental três tarefas escritas retiradas de avaliações escolares. Para cada uma, propusemos questões sobre a notação, a interpretação dos erros, a correção feita e o tipo de procedimento que sanaria as dificuldades. No segundo estudo, apresentamos a 26 pedagogas e 6 psicólogas duas tarefas: a resolução de uma situação-problema e a análise dos registros de sete alunos produzidos na resolução de três situações-problema. Os resultados evidenciaram que, no geral, os participantes descrevem o erro sem levantar hipóteses; atribuem-no ao aluno; e apresentam discurso construtivista, incompatível com suas respostas e dúvidas conceituais.
Palavras-chave: Ensino da matemática, Solução de problemas, Avaliação.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O tema jogo infantil no periódico Pro-Posições

AUTORES:
Flávia Roberta dos Santos Pereira; Litza Pereira Santos; Karen Santos Amorim; Lílian Miranda Bastos Pacheco
Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia
RESUMO:
Este trabalho pretende analisar os artigos sobre o tema jogo na Educação Infantil no periódico Pro-Posições de 1990 a 2003. A atividade lúdica é de extrema importância na infância, sendo uma das formas da criança entrar em contato com a realidade. Seis artigos foram analisados, segundo os critérios: data de publicação, autoria, filiação institucional, objeto de estudo, enfoques teórico/metodológico e conclusões dos estudos. As análises indicam que a frequência dos estudos aumentou consideravelmente desde 1994. Os autores são mulheres, professoras ou alunas, ligadas à pós-graduação nas Regiões Sul/Sudeste de universidades públicas. As pesquisas investigam relações entre jogo e desenvolvimento, brincar, cultura; fundamentam-se nas abordagens psicogenética, sócio-cultural ou na filosofia analítica; e envolvem estudos empíricos ou teóricos. Os artigos destacam a importância de se aprofundar os estudos sobre este momento da educação, em que funções maternas e educacionais se confundem, reunindo as potencialidades da atividade lúdica às necessidades da criança.
Palavras-chave: Educação infantil, Jogos, Brincadeiras.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Jogos de regras e relações cooperativas na escola: uma análise psicogenética

AUTORES:
Ana Paula Sthel Caiado; Claudia Broetto Rossetti
Universidade Federal do Espírito Santo
RESUMO:
Trata-se de um estudo sobre a inserção de jogos de regras na escola como estratégia facilitadora do desenvolvimento de relações cooperativas. De acordo com a abordagem psicogenética, o jogo de regras, ao possibilitar trocas entre iguais baseadas na reciprocidade, acaba por favorecer a cooperação. Buscou-se, então, analisar no cotidiano de duas escolas as configurações dadas ao jogar e as tendências cooperativas de seus alunos. Na primeira etapa da coleta dos dados, utilizou-se um roteiro de entrevista para os profissionais pedagógicos e um protocolo de observação. Tais instrumentos destinaram-se à caracterização das escolas em termos da utilização de jogos de regras. A investigação dos aspectos relacionados à cooperação exigiu um roteiro de entrevista para os alunos e os dados foram sistematizados de forma descritiva. Os resultados demonstraram que a maior presença dos jogos de regras no contexto da escola construtivista foi acompanhada por um maior desempenho cooperativo de seus alunos.
Palavras-chave: Jogos de regras, Cooperação, Epistemologia genética.

Psicologia Escolar no Brasil e no Maranhão: percursos históricos e tendências atuais

AUTORES:
Tatiana Oliveira de CarvalhoI; Claisy Maria Marinho-AraujoII
I Unidade de Ensino Superior Dom Bosco II Universidade de Brasília
RESUMO:
Discute-se o cenário atual da Psicologia Escolar no Maranhão, tendo como parâmetro as transformações ocorridas nas últimas décadas em âmbito nacional. Foi realizado um estudo bibliográfico sobre o tema, a partir do qual se levantaram reflexões sobre o histórico e as tendências atuais no âmbito da formação e atuação do psicólogo escolar no estado. Considera-se que no Maranhão necessita-se da contribuição de psicólogos escolares que, seguros de seu papel e intencionalidade, construam uma identidade profissional comprometida com as transformações sociais do contexto local, o que começa a se efetivar através do aprimoramento da formação na área.
Palavras-chave: Psicologia Escolar, Formação do psicólogo, Atuação do psicólogo.

Leitura de histórias e evocação de estados mentais por pré-escolares

AUTORES:
Marisa Cosenza Rodrigues; Mariana Wierman Henriques; Marina de Oliveira Patrício
Departamento de Psicologia, Universidade Federal de Juiz de Fora
RESUMO:
Esta pesquisa visou investigar a evocação de termos mentais por pré-escolares de 5 e 6 anos na leitura de um livro infantil nacional contendo narrativa por imagem (Truks - Editora Ática). Os relatos individuais das crianças, selecionadas por faixa etária, foram gravados, transcritos e analisados identificando-se palavras e expressões voltadas para os estados mentais mediante 4 categorias: termos cognitivos, emocionais, de desejo/intenção e perceptivos. Os resultados indicaram que as crianças de ambas as idades utilizaram termos referentes a estados mentais na leitura de narrativa por imagem. Os termos mais evocados foram os perceptivos, seguidos dos emocionais, cognitivos e de desejo/intenção. Houve diferença significativa entre o número total de termos evocados pelas crianças de 6 anos (264) e as de 5 anos (183). A predominância de termos perceptivos indica que as crianças focalizaram em suas narrativas mais termos que denotam comportamentos físicos e ações das personagens do que propriamente estados subjetivos.
Palavras-chave: Filosofia da mente, Educação infantil, Literatura infantil.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Psicólogo e escola: a compreensão de estudantes do ensino fundamental sobre esta relação

AUTORES:
Izabella Mendes Sant'Ana; Antonio Euzébios Filho; Fernando Lacerda Junior; Raquel Souza Lobo Guzzo
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
RESUMO:
Este estudo visou compreender como alunos do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal de Campinas percebiam o papel do psicólogo na escola. As informações foram obtidas por meio de desenhos e escrita para 127 alunos de 1ª a 4ª séries e de respostas a duas perguntas sobre a atuação do psicólogo para 113 alunos de 5ª a 8ª séries. Os resultados apontaram que, em geral, os alunos perceberam o psicólogo como um profissional que conversa sobre a vida e fornece apoio à comunidade escolar, atuando como mediador nas interações sociais ocorridas nesse contexto. As expectativas dos alunos de 5ª a 8ª séries acerca do trabalho do psicólogo envolveram: orientação, ajuda à escola e seus agentes na resolução de problemas e participação ativa no cotidiano escolar. Foi evidenciada uma tendência positiva quanto à inserção do psicólogo na escola na visão dos estudantes, mesmo com limitações na compreensão do seu papel.
Palavras-chave: Psicologia escolar, Estudantes de 1o. grau, Psicológos escolares.